A orientação, no caso, é para nos lembrar que é justamente no respeito que o amor se concretiza. Respeitar é acreditar no próximo, na sua potencialidade e nas suas limitações. Para que isso ocorra também se faz necessário que nós mesmos saibamos de nossas potencialidade e limitações. Ser atencioso, colaborar, ter afetividade e companheirismo são traços daquele que ama.
Hammed, no livro Os prazeres da alma, cita alguns pontos fundamentais para aquele que pretende cultivar o amor pleno:
- respeitar o valor das diferenças pessoais;
- evitar atitudes de possessividade afetiva;
- admitir que todos estamos sujeitos ao erro;
- abandonar a idéia de ser compreendido em tudo;
- assumir a responsabilidade pelos atos que praticar;
- não esquecer a própria identidade;
- jamais querer mudar as pessoas pelos seus pontos de vista;
- usar sempre a sinceridade como defesa;
- perceber suas limitações para poder compreender as dos outros;
- entender que, em se tratando do amor, todos somos ainda aprendizes.
Heis aí um exercício de humildade. Muitos de nós ainda não entende que ser humilde é um dom, que exige atividade constante e que estar entre aqueles que nos exigem isso é uma dádiva. Mas essa humildade está relacionada ao respeito, como afirma Hammed e a sabedoria interior, uma tarefa pessoal, é o caminho para convivermos bem afetivamente.
Ele nos mostra que a plenitude do amor está na "libertação das crises de onipotência", significa admitir nossa vulnerabilidade.
Assim, concluímos que é preciso abrir mão da inflexibilidade e assumir novas posturas que inclui perceber que nossa realidade é uma grande oportunidade de colocar tudo isso em prática, nos fazendo crescer, amadurecer e fazendo com que a verdade não seja exclusivamente a nossa, mas que ela seja construída aos poucos, baseada em muito autoconhecimento e amor ofertado com qualidade real.
Bibliografia: HAMMED (Espírito).Psicografado por Francisco do Espírito Santo Neto. Os prazeres da alma. Catanduva: Boa Nova Editora,2003.